"O Espírito do Senhor está sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres,
enviou-me a curar os quebrantados de coração, apregoar liberdade aos cativos, a dar
vista aos cegos, a pôr em liberdade os
oprimidos, a anunciar o ano aceitável
do Senhor." Lc. 4:18, 19

quarta-feira, 24 de março de 2010

Estudo - OS NASCIDOS DE DEUS - Parte 2



OS NASCIDOS DE DEUS – PARTE 2

Comparando Coisas Espirituais
"As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais" (1Co 2:13 )

A mensagem de Cristo é espírito e vida, ou seja, por Ele ter 'vindo' de cima, as suas palavras são eminentemente espirituais e difere completamente da concepção dos homens naturais "O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida" (Jo 6:63).

Como comparar 'Coisas espirituais com as espirituais”?
Primeiro é necessário admitir que tudo que Jesus ensinou são 'coisas' espirituais'. Em segundo lugar, também é necessário admitir que tudo o que as Escrituras contêm são espirituais, como bem se observa no verso seguinte: "Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?" (Jo 5:47).

Se não criam nos escritos do Pai, como creriam nos ensinos do Filho? Ora, as palavras do Filho são conforme as Escrituras, portanto, ambas são espirituais e passíveis de comparação.
A concepção dos judeus de que eles eram filhos de Deus por serem descendentes de Abraão estava completamente equivocada. Os seus mestres fizeram uma interpretação equivocada das Escrituras quando leram acerca da promessa de Deus a Abraão, que diz: "E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz". (Gn 22:18).

Ora, por Abraão obedecer à voz de Deus e ter alcançado a promessa de que em sua 'descendência' as nações da terra seriam benditas, os interpretes de Israel concluíram que, os descendentes (filhos da carne) do patriarca haviam alcançado a bem-aventurança prometida a Abraão.

João Batista protesta contra este posicionamento dos religiosos judeus: "E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão" ( Mt 3:9).

Aquilo que os religiosos presumiam não era conforme a verdade da Escrituras, pois não basta ao homem invocar a paternidade de Abraão para ser salvo. Antes, será salvo somente aquele que invocar o nome do Senhor: "E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo" ( Jl 2:32).

Há uma enorme diferença entre invocar a paternidade de Abraão e invocar ao Senhor. Enquanto Deus gera filhos espirituais, Abraão somente gerou filhos segundo a sua carne.

Observe que os religiosos se arrependiam dos seus maus intentos ( Jo 8:9), porém, não se arrependeram dos seus conceitos para a salvação, pois permaneciam confiados que eram filhos de Deus pelo fato de serem descendentes de Abraão ( Jo 8:33, 39 e 41).

Todos os homens, em menor ou maior grau, quando redargüidos pela consciência, arrependem-se dos seus erros, porém, este arrependimento não lhes concede a salvação, pois são arrependimentos de 'obras mortas'.

Observe o comportamento das pessoas logo após crucificarem a Cristo: voltaram batendo nos peitos! Porém, o arrependimento deles não foi para a salvação "E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos" (Lc. 23:48).

Arrepender-se de atos não é o mesmo que abandonar conceitos antigos acerca de como alcançar a salvação. A mudança de conceito acerca de uma determinada questão é o que a Escritura aponta como arrependimento genuíno.

Recapitulando: Da mesma forma que os religiosos judeus não entendiam as Escrituras, também não entenderam o ensinamento de Cristo. O que a Escritura e Cristo propõem aos homens?A Escritura e Jesus demonstram que é necessário a todos os homens nascidos da carne (Adão) nascerem de novo, da água e do Espírito (da palavra e de Deus), para serem filhos da Luz.
Jesus disse que os nascidos da carne são carnais, ou seja, os descendentes da carne de Abraão eram homens carnais. Neste mesmo diapasão Davi reconheceu que foi formado e concebido em pecado, e que somente seria limpo de tal condição através de uma obra exclusivamente divina (Sl 51:5).

Como é possível ao homem livrar-se da condição de sujeição (jugo) ao pecado proveniente do nascimento em Adão? Somente através do novo nascimento, através da semente incorruptível (água), o homem é novamente gerado pelo Espírito de Deus (Espírito) (Jo 3:6).

Ser descendente da carne de Abraão é o mesmo que ser filho de Adão, por quem o pecado entrou no mundo e passou a todos os homens (Rm 5:19).
Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário