"O Espírito do Senhor está sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres,
enviou-me a curar os quebrantados de coração, apregoar liberdade aos cativos, a dar
vista aos cegos, a pôr em liberdade os
oprimidos, a anunciar o ano aceitável
do Senhor." Lc. 4:18, 19

quarta-feira, 24 de março de 2010

Estudo - OS NASCIDOS DE DEUS - Parte 1



OS NASCIDOS DE DEUS
PARTE 1


Os nascidos de Deus “'não pecam” ou “não vivem no pecado”(I Jo. 3:9). Quem são os nascidos de Deus? O que o apóstolo João quis dizer que os nascidos de Deus não pecam? Estas e outras perguntas serão respondidas à luz da bíblia.

Como um filho deste mundo passa à condição de filho da luz? Qual é a vontade de Deus para que os homens sejam contados como seus filhos?
- A vontade de Deus é que todos os homens sejam contados como seus filhos, e, através do evangelho, os filhos deste mundo têm a oportunidade de se tornarem filhos da Luz. Jesus (a verdadeira Luz que ilumina os homens) disse aos judeus que eles precisavam crer na Luz para serem filhos da Luz, ou seja, todos os homens precisam crer em Cristo para serem filhos de Deus.

Da mesma forma que os religiosos judeus não entendiam as Escrituras, também não entenderam o ensinamento de Cristo. O que a Escritura e Cristo propõem aos homens?A Escritura e Jesus demonstram que é necessário a todos os homens nascidos da carne (Adão) nascerem de novo, da água e do Espírito (da palavra e de Deus), para serem filhos da Luz.

Jesus disse que os nascidos da carne são carnais, ou seja, os descendentes da carne de Abraão eram homens carnais. Neste mesmo diapasão Davi reconheceu que foi formado e concebido em pecado, e que somente seria limpo de tal condição através de uma obra exclusivamente divina (Sl. 51:5).

Como é possível ao homem livrar-se da condição de sujeição (jugo) ao pecado proveniente do nascimento em Adão? Somente através do novo nascimento, através da semente incorruptível (água), o homem é novamente gerado pelo Espírito de Deus (Espírito) (Jo. 3:6).

Ser descendente da carne de Abraão é o mesmo que ser filho de Adão, por quem o pecado entrou no mundo e passou a todos os homens (Rm. 5:19).

Introdução
Quando Jesus disse aos judeus que criam nele, que somente seriam libertos quando conhecessem a 'verdade', ficaram perplexos e contra argumentaram: “Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?" (Jo. 8:33), o que indica que não compreenderam o ensinamento de Cristo.

Eles não entenderam a mensagem porque a concepção de liberdade deles era terrena (carnal) e a mensagem de Cristo espiritual (celestial), conforme atestou João Batista "Aquele que vem de cima é sobre todos; aquele que vem da terra é da terra e fala da terra. Aquele que vem do céu é sobre todos" (Jo. 3:31); "Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?" (Jo 3:12).

Quando Jesus ofereceu liberdade aos judeus, alguns dos seus seguidores não compreenderam a proposta, porque Jesus não lhes falou conforme o pensamento dos homens, que é terreno "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parece loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2:14 ).

O ensino de Jesus lhes soou como loucura e não puderam compreender. Por quê? Porque eles não discerniam “as coisas do Espírito de Deus” do modo que Paulo recomenda: comparando as coisas espirituais com as espirituais "As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais" (1Co 2:13).

Os judeus que ‘criam’ em Cristo segundo os seus próprios conceitos não compreenderam o ensino de Jesus porque eram homens naturais, e, portanto, pareceu-lhes loucura uma oferta de liberdade à descendência de Abraão.

Embora aqueles judeus seguissem a Cristo, ainda não haviam se arrependido (não abandonaram os seus conceitos) de fato. Eles permaneciam fiados na carne, ou seja, confiavam que eram filhos de Deus pelo fato de serem descendentes de Abraão "Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne. Ainda que também podia confiar da carne" ( Fl 3:3, 4).

Segundo a concepção dos judeus, somente era possível a um homem ser um dos filhos de Deus quando descendesse do patriarca Abraão. Por não terem abandonado estes conceitos antigos (arrependimento), a oferta de Jesus foi rejeitada, lhes parecia loucura "E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam" ( Jo 1:5).

O ensino de Jesus contradiz por completo a concepção dos judeus, uma vez que, para ser filho de Deus (filho da Luz) é necessário crer naquele que Deus enviou (Luz) "Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz. Estas coisas disse Jesus e, retirando-se, escondeu-se deles" ( Jo 12:36).

Como um judeu poderia admitir estar sob o jugo de alguém, se creditavam que eram filhos de Deus por serem descendentes da carne de Abraão? Admitir a condição de escravos seria o mesmo que admitir que Deus estivesse sob domínio de alguém. Como pode um filho de Deus ser cativo (escravo) de alguém?

O raciocínio: um filho de Deus nunca foi, não é e nunca será escravo de ninguém! Está correto. Porém, o erro deles estava em entender (compreender) que a filiação divina é proveniente da descendência de Abraão, visto que a filiação divina é por fé, a mesma fé que teve o crente Abraão, e não por descendência (segundo a carne) "De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão" (Gl 3:9).

Como a filiação divina não é proveniente da semente de Abraão, conclui-se que os judeus não eram filhos de Deus, e, portanto, continuavam sob o jugo do pecado por serem, em ‘última’ instância, filhos de Adão, o primeiro pai dos homens ( Is 43:27).

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário