"O Espírito do Senhor está sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres,
enviou-me a curar os quebrantados de coração, apregoar liberdade aos cativos, a dar
vista aos cegos, a pôr em liberdade os
oprimidos, a anunciar o ano aceitável
do Senhor." Lc. 4:18, 19

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mensagem - 06/06/2010

AUTENTICIDADE CRISTÃ

A palavra do Pai para nós neste domingo foi em Isaías. 58:6-12 Meditamos em algo tremendo que Deus tem nos revelado a respeito da nossa “autenticidade cristã”. Vamos ler juntos alguns dos versos deste capítulo. Deixe sua Bíblia aberta e siga conosco nessa jornada...

(V.6) Porventura não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo?

(V.7) Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?

Muitas vezes lemos estes versículos e não entendemos o que Deus quis dizer exatamente com essas palavras. No meio de uma sociedade pós-moderna, onde a responsabilidade social e os direitos humanos são assuntos tão comuns, se torna até fácil seguir estes dois versos, não acha? Hoje em dia quando tragédias acometem nossas cidades, quando passamos nas ruas e encontramos pessoas nos pedindo alimentos, quando subimos os morros e vemos quantos necessitam de ajuda, olhamos ao redor e vemos multidões de voluntários se unindo para doar mantimentos, para orar, para abrigar pessoas, etc. Quando percebemos, já estamos no meio deles trabalhando, ajudando, cuidando dos outros. Na igreja acontece a mesma coisa, já perceberam? Chegamos ao culto e quando vemos, estamos orando por enfermos que nem conhecemos, cidades que nunca fomos, nações que sem sabemos onde ficam... mas como todos estão orando, nós oramos também!!

Surge então uma pergunta do coração do Pai para nós: O que realmente estamos fazendo ali? Muitos de nós respondem prontamente: Pai, eu estou seguindo o que sua Palavra manda em Is. 58:6-7. E Ele com seu grande amor nos faz meditar na veracidade desta afirmação. Ele abre os nossos olhos para entendermos o que Ele realmente almeja de nós com esta Palavra, e nos leva a “cavar mais fundo”.

Mais do que apenas praticar boas ações, ajudar ao próximo, cuidar do necessitado, estes versículos nos revelam o que é ser cristão de verdade. Um cristão legítimo, genuíno e autêntico. Quantos de nós já nos pegamos admirando a dedicação, compaixão e amor que muitos dos nossos irmãos têm pelos outros? E então nos questionamos: Por que só nos lembramos de orar quando estávamos na igreja com os irmãos? Por que não sentimos a mesma compaixão pelas pessoas, quando estamos indo pro trabalho ou voltando pra casa? Por que não conseguimos ser assim também? A resposta do Pai para nós é simples e reveladora: “Não conseguimos ter compaixão pelos nossos irmãos, porque na verdade não nos sentimos filhos”.

Você já parou pra pensar no que essa frase quer nos dizer? Isso mesmo: nós não podemos amar os outros se não nos sentimos amados. Não conseguimos vê-los como parte de nós, se não nos sentimos parte de alguma coisa, ou de alguém! Em outras palavras: nossa autenticidade cristã está diretamente ligada à nossa identidade de filhos do Pai. De nada adianta saber que somos filhos, se não nos sentimos filhos. Como alimentar o faminto, se estou com fome? Como libertar o cativo, se estou preso? Como trazer esperança a alguém, se eu me sinto só, abandonado, um órfão?

Quando entendemos quem somos no Pai, soltar as ligaduras da impiedade, despedaçar todo o jugo, deixar livres os oprimidos, repartir o pão com o faminto, recolher em casa os pobres abandonados e cobrir o nu, se torna algo espontâneo e surpreendente. Nosso coração transborda de tal maneira, que o amor do Pai compartilhado conosco nos leva a buscar essas pessoas, e revelar a elas o quanto o nosso Pai as ama também. Este é o primeiro sinal de que estamos sendo cristãos autênticos.

Seguindo adiante na nossa meditação, encontramos as promessas do Pai para nós, aqui nesta vida:

(V.8) Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda.

(V.10) Então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.

(V.11) E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam.

Agora que temos nossa identidade de filhos e somos instrumentos do nosso Pai para testemunharmos Seu amor, Deus declara sobre nós a cura, a justiça e a manifestação da Sua glória em nossa vida. Nos fala ainda no verso 10, que não importa quão difícil e terrível seja a situação em que estamos passando, a Sua benção será sobre nós e fará da mais escura e sóbria luta, um momento de glória, poder e esplendor. Fecha o versículo 11 nos dizendo que o próprio Senhor, seu Pai, te guiará todo o tempo e te dará sustento e alimento, mesmo em momentos áridos e sem vida. E você será um instrumento de refrigério, descanso e alívio para muitos.

(V.09) Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniqüamente...

Voltando ao verso 09, no meio de toda esta manifestação de amor e cuidado do nosso Pai, Ele afirma ainda que não somente o nosso clamor chegará a Ele, como também nos responderá e estará ao nosso lado para nos atender. Vamos dar uma parada aí? Você já pensou o que é ter o Rei dos reis, o criador do universo, o Senhor dos senhores, o “todo poderoso” parando tudo o que está fazendo, descendo do Seu trono e chegando ao seu lado e dizendo: Fala filho, eu estou aqui, do que precisa? Pois é, esse é seu Pai!! Porém, na continuação do verso vemos que não é para qualquer um que Ele se revela desta forma. Somente para aqueles que tiraram do meio deles o jugo, o estender do dedo e o falar iniquamente. Já pensou o que é perder a chance de viver “colado” com o Pai, por causa de coisas tão medíocres quanto essas?

(V.12) E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador de brechas, e restaurador de veredas para morar.

E o Pai finaliza mostrando que depois de nos dar a verdadeira identidade de filhos, de nos usar para revelar aos outros o Seu amor, de derramar sobre nós do Seu cuidado, provisão e glória, Ele promete bênçãos sobre aqueles que serão gerados através de nós. Seja fisicamente (nossos filhos e netos) ou espiritualmente (nossos discipulados). Já existe uma promessa sobre eles que serão canal de vida e trarão o novo do Senhor sobre a Terra. O Pai fala ainda que nós seremos conhecidos como restauradores de almas antes destruídas, cativas e sem esperança. Aqueles que hoje são como desertos, sem vida, se tornarão habitação do Pai.


Que Deus abençoe grandemente a sua vida...

Eduardo Zafaneli

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